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A doença celíaca é a doença auto-imune mais prevalente no mundo. É também a única com uma trilogia conhecida de fatores desencadeantes, auto-anticorpos e genes. Além disso, é a única em que os doentes podem ficar totalmente assintomáticos, excluindo o seu desencadeante, em vez de apenas conseguirem controlar parcialmente os sintomas, através de medicação crónica com efeitos secundários importantes, como acontece com todas as outras doenças auto-imunes.
No entanto, é ainda bastante desconhecida e ainda menos compreendida, sendo frequentemente confundida com uma alergia alimentar e minimizando os cuidados rigorosos que estes doentes necessitam de ter para evitar a contaminação cruzada da sua dieta sem glúten, de forma a permanecerem assintomáticos e evitarem o aparecimento de outras doenças e condições graves como o cancro ou a infertilidade.
Compreender o funcionamento da doença e encontrar tratamentos alternativos é crucial para melhorar a saúde e o bem-estar dos doentes celíacos.

Algumas questões que continuam sem resposta:

  • Porque é que algumas pessoas com uma predisposição genética para a doença celíaca desenvolvem a doença e outras não?

  • Existem outros factores genéticos e/ou ambientais envolvidos para além da ingestão de glúten? O microbiota humano tem influência no desenvolvimento da Doença Celíaca?

  • Como é que o glúten é digerido? Quais são os epítopos mais imunogénicos desta enorme proteína presente apenas no trigo, no centeio e na cevada?

  • Todos participam igualmente no desencadeamento da doença celíaca? As bactérias influenciam a apresentação dos epítopos do glúten ao sistema imunitário?